E a história completa dessa nova "novela" prometo que contarei com detalhes no dia em que lançar aqui no blog o post junto ao ensaio fotográfico do boneco dele, claro, customizado e assinado por mim... Aguardem!
Fazia um bom tempo que estava na minha pauta customizar uma boneca na atriz Alinne Moraes, como a vilã “Silvia” de “Duas Caras”, até o dia em que entendí – e me apaixonei – por sua personagem “Luciana” de “Viver A Vida”, mudando assim totalmente o meu plano inicial. Porém, durante o desenrolar da novela, passei a ter dúvidas sobre esse meu novo projeto, porque sentí receio em passar uma equivocada mensagem negativa ao exibir uma Barbie deficiente e aparentemente triste sob essa sua não desejada condição. Por isso então, aguardei surgir o momento ideal para realizar a minha vontade, que aconteceu no dia em que o capitulo 109 foi ao ar, exibindo uma Luciana assustada, mas decidida, fazendo seu primeiro ensaio fotográfico como cadeirante... Cara, chorei de emoção com tanta beleza! E com menos de 24 horas após a cena, dei o pontapé incial para recriar na minha versão esse momento tão inesquecível: Depois de alguns dias de buscas, encontrei a boneca perfeita para fazer a minha Alinne, onde troquei todo seu cabelo original por um loiro médio e em seguida escurecí a raiz, dei novo corte e moldei tudo com espuma especial. A maquiagem da boneca teve algumas mudanças como aumento labial (decidí de última hora que minha “Luciana” teria um leve sorriso) e alterações de sombrancelhas e sombras. A roupa foi copiada da usada pela atriz na primeira parte do ensaio: recriei seu vestido de tecido sedoso na cor ocre, apliquei renda negra e detalhes com miçangas, lantejoulas e cacos de acetato nacarado, tudo na cor preta. O buque de rosas desidratadas foi montada com cabos e micro folhas verdes. A parte mais complicada mesmo foi a criação e fabricação da cadeira de rodas utilizada pela personagem neste capítulo, um modelo moderno de linhas arrojadas, bem diferente da que ela usa durante toda novela. Montei uma armação com arame 14, apliquei os assentos e encostos com elastano preto. Nas rodas frontais utilizei 2 pequenas do mesmo tipo usado em carrinhos de brinquedo. Já as rodas traseiras, enormes, foram construídas com argolas de acetato e aço, com estrutura em alumínio e borracha. Tudo fixado com cola-tudo. A finalização ficou por conta do estudo das poses que colocaria a minha “Luciana” nas fotos, me baseando ao máximo no exibido pela novela para o ensaio fotográfico, sem perder a leveza e nem fugir do contexto do projeto. O resultado é esse aqui:
Não posso ser considerado como um noveleiro até porque nem tenho tempo de assistir tudo que quero na TV ou gostaria. Mas tento sim acompanhar alguns capítulos durante a semana principalmente dos personagens que me identifico ou acho interessantes como é o caso da “Luciana” vivida pela Alinne Moreas, onde adimito que fui gostando no decorrer da novela. Isso porque as mulheres que a atriz encarna não permitem meio termo – ou você ama ou odeia. E isso, é óbvio, devido ao seu inquestionável talento. A história da modelo/manequim promissora, rica e mimada que fica tetraplégica num inusitado acidente de carro abalou com minhas estruturas e por muitas vezes me peguei chorando em silêncio ao ver cenas como a da descoberta de sua nova condição como cadeirante ou da inesquecível imagem de sua mãe carinhosamente a dando banho enquanto relembra emotivamente seu passado... Ufa! Portanto, seria imperdoável eu não homenagear um dos mais belos e complexos persanagens do Manoel Carlos, sob a interpretação de corpo e alma da Alinne Moraes, que mexeu tanto comigo nos úlimos meses. Confesso que depois dela, aí sim, apendí a “viver a vida”...
Mais Alinne Moraes? Agora:
Quem me conhece sabe que adoro customizar bonecos cujo visual escolhido são geralmente, digamos assim, fora dos padrões sociais em que vivemos. A prova disso é essa minha já conhecida coleção de reais figuras excêntricas e personagens fictícios de caráter duvidoso, na qual sinto o maior prazer em recriar na forma de bonecos, homenageando a todos que curto ou adimiro. Um desses "musos-inspiradores" que tanto amo e que até já estava na minha pauta a um bom tempo, era o ator Brad Pitt. Mas não o Brad Pitt galã, aquele que arrebata a libido da mulherada... Sempre fui apaixonado pelo Brad alternativo, aquele que brinca com estereótipos e posa de vestidinhos fashion sua masculinidade inabalável nas páginas e capa da versão gringa da revista Rolling Stone. Bastou eu ter os bonecos ideais (sim, "os bonecos" no plural) para poder criar a versão Marcus Baby do Brad Pitt "Tyler Durden". Montei a cabeça de um Ken num corpo musculoso, dei uns retoques de tonalidade na pele e deixei em quase zero a cabeleira loiro/castanho original do boneco. Fiz uns leves retoques de maquiagem para masculinizar sua face. Para sua roupa, utilizei um tecido de lantejoulas prateada, na qual criei uma espécie de "tubinho", totalmente colado em seu corpo, e apliquei alças e arremates de decote. As botas foram criadas com um tecido laminado também na cor prata e cadarço real na cor branca. Finalizei tudo com um óculos de meu estoque que modificado, ganhou ares de máscara de mergulho pós-moderna. Rapidinho, levei 3 dias em toda execução do meu Brad Pitt, e uma tarde inteira de ensaio fotográfico sob o som de "Shout" na versão porrada da banda Disturbed... Bem minha cara tudo isso, hehehehe...
Garanto que não é nenhum fetiche, mas sim uma espécie de simpatia por todos aqueles homens másculos e hetéros que usam trajes considerados pelos rotuladores de plantão como "femininos", seja isso apenas uma brincadeira de carnaval, desfile do moda ou adeptos ao kilt escocês. Sinto adimiração a coragem desses caras que por serem totalmente seguros de sí e de sua condição masculina, não estão nem um pouco preocupadas com o que "os outros" possam dizer ou pensar. Até já havia comentado isso anos atrás em meu blog particular. Daí ver o Brad Pitt encarnando Tyler Durden (o alter ego do personagem principal do "Clube da Luta" - Fight Club) nesse ensaio para revista Rolling Stone poderia passar até desapercebido, caso não fosse o hábito de ver outros machos convictos (como Kurt Cobain ou Bono Vox) se divertirem em modelitos que cairiam bem melhor em suas esposas... Mas, vamos combinar: só mesmo o louraço belzebú dentro de sua beleza indiscutível, seria capaz de traduzir tão bem aquilo que poderia (e deveria) ser um charme a mais no tão discutível e maravilhoso universo masculino! Agora confessa: você resiste?
Mais Brad Pitt? Aqui:
Gente, vocês não tem noção de como os apresentadores do "Manhã Maior" (RedeTV!) são simpáticos e receptivos (e naquela hora da manhã - vale a pena lembrar), assim exatamente como a gente vê na TV: a doçura da Keila Lima que me recebeu docemente e não mediu elogios ao meus "filhotes", principalmente ao "Jesus Luz"; a Daniela Albuquerque que se apaixonou por minha boneca "Madonna Celebration", tricotou um monte comigo e até me mostrou uma foto sua transmutada em "onça" - obra de seu maquiador Marquinho; e o Arthur Veríssimo que ao me ver entrando no estúdio de gravação, lá de seu posto me acenou e comentou sobre meu "Axl Rose"! Aliás, não só eles como toda galera que compõe a produção do programa matinal, foram todos - mas todos mesmo - super gentís e profissionais, principalmente a Luana que ficava alí pertinho de mim, sempre me ciceroneando, o tempo todo. O ambiente de trabalho não poderia ter sido melhor, tudo relax e o resultado - que foi ao ar ao vivo ontem dia 11/02/2010, é esse video muito bacana, aqui dividido em 3 partes, que você poderá conferir agora mesmo:
Houve também várias chamadas durante toda a programação da emissora, inserções no programas "Leitura Dinâmica 1ª Edição" e comentários da apresentadora Flávia Noronha do "RedeTV! Esporte" (brincando sobre o jogador Ronaldinho Gaúcho querer um boneco dele "by Marcus Baby", kkkk... Já pensou?). Valeu gente, adorei de montão, muito obrigado por tanto carinho!
Para ver a matéria no site do Rodrigo Loureiro, clique aqui!
Alguns dos meus bonecos customizados são homenagens a personagens fictícios de TV e Cinema e na minha coleção já existem vários deles. Mas também faltam muitos que curto e que ainda não tive a chance de criar. A Viúva Porcina, por exemplo, encarnada pela Regina Duarte na novela "Roque Santeiro" sempre foi uma das minhas favoritas e eu até já tinha esse projeto todo montado na minha cabeça aguardando apenas conseguir uma boneca com rostinho de "namoradinha do Brasil", se é que vocês me entendem, kkkk... E isso acabou acontecendo por acaso enquanto eu fuçava minha coleção de estoque na montagem de uma outra customização: era um domingo daqueles que você não tem absolutamente nada para fazer. Quando a achei resolví iniciar alí imediatamente a minha versão para a Viúva Porcina! Comecei então trocando seu cabelo original por um preto e com cachos onde dei um corte "anos 80" e apliquei um lenço duplo azul e vermelho com pontas desgrenhadas no alto da cabeça. Sua maquiagem foi alterada e recebeu cores fortes, sombras lilás e rosa, boca vermelho piranha e até blush nas bochechas! Para sua roupa confesso que fiz muita pesquisas em sites e com fãs do folhetim para definir a cor final que seria o vermelho ou o azul (as mais usadas pela personagem) até decidir na ultima hora que o construiria na cor azul piscina faiscante, copiando um vestido de festa usado pela própria personagem na novela. Usei um tecido luminoso azul e armei todo no corpo da boneca com uma cola especial. Os tamancos foram adaptados de meu estoque e ganharam cacos de acetato vermelho. A finalização de toda arte ficou por conta de suas jóias, tipo brincos, correntes, pulseiras e anéis, onde fiz o possível para seguir a risca a linha usada por Regina Duarte quando surgia na pele de Porcina. Acabei batendo meu próprio recorde e concluí todo o trabalho de execução em um pouco mais de 10 horas seguidas de um domingo que prometia ser um dos mais chatos dos últimos tempos, hehehehe...
Não me considero "noveleiro" mas adimito que sempre acompanho algumas novelas quando tenho tempo, principalmente para curtir personagens fortes e atuações marcantes. A Viúva Porcina, aquela que "foi sem nunca ter sido" é sem dúvida um dos meus favoritos e principalmente pela sorte de ter o corpo e o rosto de uma das atrizes mais carismáticas da TV que é a doce Regina Duarte. Éra impossível não dar altas gargalhadas diante da impáfia e arrogância de uma mulher tão maravilhosamente brega que sobrevivia as custas do ricaço bobalhão, o também impagável Sinhozinho Malta... Para mim então, que passei anos de minha vida profissional em cidades de interior a trabalho, ao ver a personagem, sempre me recordo de tantas "Porcinas" reais que existem de verdade no nordeste brasileiro, e que tive a honra de descobrir e conhecer sem imaginar que algum dia essas criaturas simbolizariam uma época inesquecível, marcando minha história em capítulos distintos tal qual uma novela das oito. Em suma, percebí que Viúva Porcina é a vontade desesperada de sobrevivencia a todo custo. Nem que seja sob o cinísmo de uma mentira bem pregada ou durante os divertidos 60 minutos de duração de um capítulo de novela!
Mais sobre Viúva Porcina? Aqui:
